Our Life is a Mess | Capítulo III


Como Ash Queria que eles fossem para a escola todos os dias
Fonte: da imaginação dele.




Capítulo III - A Chegada





O restante do trajeto até a linha vinte e dois não demandou de empecilhos ou, tampouco, enrolos. Antes mesmo de notarem, as portas do vagão se abriram após o anúncio da chegada naquela estação, cativando semblantes aliviados dos quatro estudantes que, no pior dos cenários, teriam que lutar para adentrar ao espaço escolar.





Devido à proximidade do assento com a saída, os quatro alcançaram a liberdade antes do furdunço lhes alcançar. Ash e May lideravam a caminhada até a escola, enquanto Black, a contragosto, servia de apoio para o nauseado amigo.









— Eu estou delirando ou tem uma menina extremamente gata ao lado do Ash? — ainda com os olhos fundos, Gary indaga em um sussurro.





Black solta uma risada leve e balança a cabeça.





— Você não está delirando. — Gary suspira, aliviado.





— Ainda bem, por um instante achei que tivesse confundido com o Red. — Confessou, tirando uma gargalha honesta do amigo.





Os dois observam o casal à frente com mais atenção. O clima agradável estabelecido entre eles contagiava um sorriso em Black, em especial, por ver como seu amigo tirava risadas genuínas da menina.





— Então — Gary lhe lança um olhar malicioso — devemos atrapalhar?





Black arqueia a sobrancelha e desvincula do rapaz ao perceber que o próprio já conseguia andar bem sozinho.





— Lembra daquela viagem para a cidade de Cerulean que fizemos com seu avô ano passado? — a questão do castanho causa estranheza em Gary.





— O que isso tem a ver com-





— Naquela época, você se envolveu com uma garota. Missy, não era? — as orelhas do Carvalho se esquentam no mesmo instante.





— Esse não é o nome dela — ralhou, um bocado indignado. — Mas não entendi o que isso tem a ver.





Black suspira, escondendo as mãos nos bolsos da calça.





— Naquela época, Red queria zoar com você, por conta do incidente com a farinha de trigo — os lábios de Gary tremem em uma risadinha. — E ele planejava justamente atrapalhar seu encontro com essa garota.





A felicidade de Gary se esvazia.





— Mas que filho da puta! — exclamou.





— E sabe quem o convenceu de não fazer nada? — Gary balança a cabeça e Black aponta para frente. — O mesmo cara que você quer, de má fé, atrapalhar agora.





Gary expressa uma careta azeda.





— Um soco pesaria menos. — Black sorri com a resposta. — Mas afinal, que macumba o Ash fez para deixar essa garota tão na dele?





Os olhos de ambos retornam ao casal, no momento em que May soltava delicadas risadinhas pela persistência de Ash em desfazer o nó malfeito em sua gravata.





— Por incrível que pareça — Black ri para dentro — ele apenas foi Ash Ketchum.





— Um grande idiota? — arriscou Gary, cruzando os braços. A risada do amigo se expande.





— Bom. Sim, mas — ele passa a mão na nuca. — Acho que ele foi um grande, porém gentil, idiota.





Mesmo não compreendendo totalmente, Gary dá de ombros.





— Só acredito vendo.  





Mais à frente, a árdua luta contra a gravata prosseguia e May não se incomodava nem um pouco de observar a hilariante irritação do Ketchum com o tecido.





— Gravata dos infer- — o rapaz olha de escárnio para May e trava o palavreado. — Enfim — pigarreou — você tá se divertindo com isso, né?





— Um cadinho — confessou com um sorriso travesso. Ash enrubesce.





— Pois saiba que parte dessa dificuldade é culpa sua! — alegou o Ketchum,





May solta uma risada descrente.





— Como isso pode ser minha culpa?





— Você não para de me encarar com esses olhos nada atraentes e acaba me deixando nervoso. — Não era necessário ser um expert interpretativo para identificar o verdadeiro significado de “nada atraentes”, mas mesmo sabendo disso, May não poupou saliva.





— Então você acha meus olhos atraentes? — indagou em meio de uma piscadela descontraída. O corpo de Ash recebe uma abrupta quentura.





— Te- tenho certeza de que disse justamente o contrário. — Argumentou, desviando o olhar.





A menina balança a cabeça em concordância, sorrindo.





— Certo, certo. — De repente, ela dá um pequeno impulso, parando na frente do Palletiano. — Nesse caso, assumirei a responsabilidade da minha culpa — sem qualquer aviso prévio, ela puxa o rapaz pela gravata, assustando-o.





Demorou alguns segundos para o rosto de Ash se normalizar e entender que ela focava no tecido.





— Vamos parte por parte, okay? — com as mãos hábeis, a menina desvincula o nó frouxo feito pelo rapaz e repousa a gravata em seu ombro. — Vamos ajeitar isso aqui primeiro. — Referiu-se ao colarinho de Ash, levantando-o e se certificando que a camisa estivesse devidamente abotoada.





Ash reprime os lábios, tentando não deixar seu nervosismo transparecer. Porém era nítido como ele havia perdido o sentido da fala.





— Okay, agora — May recolhe a gravata, passando-a envolta do pescoço do próprio. — Vamos realmente começar. Primeiro, você precisa separar a parte mais larga da mais curta...





Ash sabia que ela o instruía, assim como podia sentir os movimentos sendo feito com eficácia, contudo seu cérebro não processava as palavras. Ele havia sido retardado ao sentir a fragrância do doce perfume da Maple, fazendo-o se lembrar dos campos de rosas cultivados por sua vó.





Além disso, se já era difícil uma plena concentração ao olhar os olhos brilhantes e azulados da jovem de longe, imagina conseguir qualquer resquício de foco com eles tão pertos de si.





De repente, sentiu-se agradecido e abençoado por ter se atrasado e uma parte de seu cérebro arrependeu-se de todas as praguejas que lançou àquela gravata que, naquele momento, tinha a possibilidade até de virar sua melhor amiga.





— E... Voilà! — ao puxar a gravata, Ash acorda de sua hipnose, percebendo-a amarrada em um perfeito nó. — Agora só deixa eu ajeitar isso aqui— May fica na ponta do pé, enquanto abaixava o colarinho do Ketchum.





A aproximação fez com que seus olhares se encontrassem e uma onda térmica predominasse seus corpos – evidenciando isso pela vermelhidão que assolou seus rostos. O rapaz pôde sentir a respiração suave da menina sofrer uma leve alteração acelerada, em contrapartida, tinha quase certeza de que ela ouviria seu coração palpitar mais rápido do que o necessário.





Mas para sua infelicidade, ela se afasta.





— Bem. É... — a menina desvia o olhar, sem graça. — Entendeu como se faz?





Com certeza não.





— Ah! Sim, claro, claro! — disfarçou o rapaz, sorrindo nervosamente. — Mas eu não ligaria se você fizesse isso sempre para mim — brincalhou, embora tenha se arrependido do comentário tosco no mesmo momento.





May, por outro lado, solta uma risada gostosa.





— Pensarei no seu caso. — Diz ela, após ajeitar o blazer do rapaz e, delicadamente, passar os dedos no tecido por cima do seu peitoral. — E prometo pensar com carinho — diz, por fim, tomando a dianteira.





Ash fica estagnado, enquanto pensava em como o dia parecia estar incrivelmente lindo.





Black encara Gary com um sorrisinho de canto ao ver o olhar impressionado do Carvalho.





— Não acredito... — balbuciou.





— Eu te disse — riu baixo, depositando dois tapas leves no ombro do amigo. — Agora vamos, caso contrário não chegaremos naquela escola nunca.





Gary assente e ambos apertam o passo, puxando o abobado Ketchum no processo.  





O restante do caminho deu espaço para uma conversa amigável entre todos. May pôde conhecer oficialmente os dois amigos do Ketchum, embora tenha se sentido um tanto desconfortável por receber dois beijos molhados em sua mão, dados por Gary – quem, inclusive, recebeu uma certeira cacetada na cabeça por Ash após o inconveniente.





— Então, May, você também não é daqui? — a fim de amenizar o clima, Black questiona.





A Maple assente.





— Sou de outra região, na verdade — revelou. — Me mudei para cá há dois meses, por conta do trabalho do meu pai.





— Seu pai é um daqueles empresários que estão sempre se mudando para fundar novas empresas? — ainda massageando o local atingindo por Ash, Gary se envolve no assunto.





— Não, não — ela ri.





— Vai ver ele é algum figurão importante da outra região que veio para cá fazer negócios com outro figurão importante.  — Arriscou Black.





— Nem perto disso. — May abana as mãos.





— Ou então um líder mafioso que, em busca de trégua com outro líder, veio no intuito de negociar um falso namoro entre seus herdeiros para unir as famílias e obrigarem eles a viverem um amor arranjado.





Todos os olhos caem em cima do Ketchum.





— Isso foi muito específico, cara. Tá tudo bem? — questionou Black, franzindo a testa ao amigo.  





— Esse sem dúvidas superou todos os outros chutes. — May, por sua vez, não esconde o sorriso incrédulo com tamanha imaginação.





— Amor arranjado em pleno século vinte-um, Ketchum? — Comentou Gary, arqueando a sobrancelha.





— Sei lá, só me pareceu um bom chute. — Diz ele, dando de ombros.





— Mas então. O que ele faz? — indaga Black.





— Olha — a garota mantinha uma expressão humorada em seu rosto — é mais fácil eu falar quem ele é. Meu pai é Senri Norman Maple.





Os olhos de Gary e Black se esbugalham, enquanto Ash junta as sobrancelhas.





— E a gente deveria saber quem ele-





— SENRI NORMAN?! — atropelando as palavras do Ketchum, os dois rapazes entonam em total descrença.





— Isso já responde minha pergunta. — Diz o Ketchum, vendo a colega abafar risadinhas.





— Ash, Senri Norman é um fenômeno no UFC. — Explicou Black.





— Ele é responsável por treinar o Slaking, um dos maiores e mais brutos lutadores do mundo! — complementa Gary.





— O cara é tão foda que fez o Slaking ser campeão por três anos seguidos. — Finaliza o castanho.





Gary se vira para May.





— Isso significa que o Slaking está morando aqui?! — indagou ele, em nítida êxtase.





— Na verdade, estamos aqui pois ele não está treinando mais o Slaking.





— QUÊ?! — a expressão horrorizada dos dois amantes de luta gerou uma pequena risadinha do Ketchum.





— Vocês devem ter acompanhado a última temporada, onde o Slaking perdeu na final para o Machamp, certo? — indagou a Maple. Ambos assentem. — Então, o contrato do meu pai com o Slaking precisava ser renovado, mas o Slaking, com seu temperamento nada controlado, culpou meu pai pela derrota e despediu ele.





— Mas que otário. — Ralhou Gary.





— Totalmente desnecessário. A luta entre Machamp e Slaking foi uma das mais duras do UFC. — Comentou Black.





— Sim, foi uma luta justa. Felizmente — May sorri — a assessória do Machamp também achou isso e entraram em contato com meu pai, oferecendo uma vaga como treinador do Machamp.





— Sem chance! — Black tapa a boca.





— Sensacional! — Gary, por sua vez, ri, socando o ar.





— Eu tenho certeza de que já vi esses nomes em algum lugar e não foi em ringue de luta. — Ash, por sua vez, reflete, porém é ignorado.





— Eu daria tudo para ver a cara do Slaking ao ver seu pai do outro lado na próxima luta deles. — Diz Black.





— Se for aqui, quem sabe eu não leve vocês. — A menina pisca para os dois, fazendo os olhos de ambos cintilarem.





— POR FAVOR! — exclamaram em uníssono.





Ash observava a cena um tanto quanto emburrado. Pensou em algo inteligente ou interessante o suficiente para dizer e levar a atenção de volta para si, contudo ao olhar para frente, arregalou os olhos.





— Chegamos... — E assim que disse isso, todos mudaram o rumo da atenção na cara instituição à frente.





Os muros pintados de azul, com suas extremidades brancas eram tão altos que, qualquer pensamento de saltá-lo para matar aula havia sido descartado. O próprio rodeava todo o terreno – o qual ocupava um quarteirão inteiro – e terminava em um portão tão grande quanto de grades metálicas, sustentando um grande arco com os dizeres: “Elementary Saffron School”.





— De repente aquela dor de barriga de ontem voltou a me incomodar. — Comentou Black, estremecendo.





A frente do colégio estava pouco movimentado, mas para o alívio dos quatro, o portão ainda se encontrava aberto e alguns alunos também se apressavam para entrar. Ash roda os olhos por alguns rostos, procurando identificar o sujeito que desgostosamente conheceu no metrô.





— Vamos, se não chegarmos na cerimonia antes da diretora entrar, estaremos encrencadas.





Foi o que uma segundanista disse ao passar pelos jovens com sua amiga.





— Eu não acredito em sinais divinos, mas acho melhor seguirmos essas aí. — Sibilou o Ketchum, tendo uma concordância geral dos amigos.





O objetivo principal era adentrar ao colégio com o foco centrado no ginásio – onde, de acordo com o e-mail instrucional recebido, seria a cerimônia de abertura – contudo os primeiros passos lá dentro foram suficientes para arrancar suspiros de admiração dos jovens.





A entrada era enfeitada com um gramado bem-cuidado e amplo. Os alunos seguiam em passarelas de paralelepípedo, as quais se dividiam em três caminhos: ao centro, que seguia para o prédio principal; à esquerda, seguindo para o refeitório e área recreativa; à direita, que seguia para a ala esportiva – ginásio, piscina e campo sintético.





Grandes e saudáveis árvores eram espalhadas pelos campos, tal como um pequeno jardim de orquídeas concentradas em alguns cantos dos prédios e junto com arbustos.





— Que lindas! — May se maravilha ao passar por perto das flores.





— Sim, muito lindas... — diz Gary, contudo, seu olhar não estava direcionado exatamente nas flores. Estavam admirando as moçoilas que transitavam pela passarela.





Ash revira os olhos, já Black ri do contraste. Contudo, ao notar uma pessoa a alguns metros à frente, o semblante do rapaz se contorce para intriga.





— Aquele é o Red? — indagou o jovem de cabelos castanhos. Gary é o primeiro a expressar com um sorriso de canto.





— Hilbert, não é só porque alguém tem uma cara pálida, morta e parece um fracassado que essa pessoa necessariamente será o Re- — interrompendo o ruivo, Black aponta, levando Gary à incredulidade. — Puta merda! É o Red!





O local apontado resguardava um rapaz de cabelos negros bocejando em um explícito tédio, enquanto descansava as costas em uma árvore no meio do gramado.





— Mas o que diabos...? — Ash avança com os dois amigos, tão atônito quanto eles.





May, indiferente com a presença do rapaz desconhecido, apenas segue por conveniência.





— Red! — o chamado de Black leva a atenção do rapaz aos amigos.





— Oh! — ele abre um leve sorriso, acompanhado de um aceno. — Finalmente chegaram.





— Como diabos você chegou tão rápido aqui? — fora a vez de Ash perguntar.





— Pensei que você tivesse sofrido um ataque cardíaco no meio da corrida. — Diz o Carvalho, com um sorrisinho.





— Ah, eu não ia ficar igual um mongoloide correndo pela cidade, se eu poderia muito bem pagar um táxi e vir para cá. — Explicou com simplicidade.





— Você atravessou a cidade de táxi? Onde arranjou dinheiro para isso? — indagou o Ketchum.





— E por que não atendeu o celular? — Black acrescenta.





— Rapaz, a corrida foi cara mesmo — diz ele, cômico. — Ainda bem que não foi eu que paguei.





Os três amigos trocam olhares confusos.





— Como assim? Quem pagou então? — indaga Ash.





— O dono dessa carteira aqui — e ao tirar o pequeno acessório de couro, ele exibe um sorriso debochado. — Obrigado por isso, parceiro! — diz ao jogar para o boquiaberto Gary, que quase não tem tato para pegá-la.





— Seu filho de uma... — seu rosto é tomado por uma raivosa vermelhidão.





— Fique a vontade para completar, isso não me ofende de qualquer jeito mesmo. — Riu para dentro, depositando dois tapinhas no ombro do ruivo. — Cuidado para não infartar, hein, seu rosto está igual um tomate.





— Isso terá volta, Isamu! — asperejou com determinada convicção.  





— Usar meu segundo nome não me dá medo, Gary, você já deveria ter entendido isso! — zombou, parando ao lado da May, a qual se viu diante de uma mão estendida somada a uma reverencia. — Eu não sei quem é você, mas se está com eles, meu pêsames e prazer. Me chamo Red!





— Pra- prazer. May... — aceitou o gesto, embora relutante e desconexa de tudo que acontecia ao redor.





— Venham, eu estava só esperando vocês para seguirmos para o ginásio! Vocês vão amar isso aqui! Bom dia, zelador! — o rapaz não esconde a felicidade, quase saltitando entre os paralelepípedos e sorrindo abertamente ao mundo, sendo seguido de longe por um ruivo pronto para lhe esgoelar. — Aliás, o meu celular eu acabei esquecendo no apartamento, acreditam?  





Black e Ash encaram a cena com um misto de vergonha e comicidade.





— Nada como ferrar com o Gary para deixar o Red nas nuvens. — Comentou Black.





— Boa sorte para nós aguentarmos esses dois agora... — Ash exibe sua preocupação antecipada.





Black ri.





— Nesse caso eu te desejo boa sorte em dobro.





Ash arqueia a sobrancelha.





— Por que disso?





— Ora, você será o futuro genro de Senri Norman, amigo, não existe boa sorte no mundo que te livrará dos perrengues que você sofrerá. — Gargalhou ao ver o rosto de Ash tomado pela proposital vermelhidão que o próprio queria causar.





— Gen- — o rapaz engasga. — Vai se foder! — o dito palavreado levou ao amigo rir mais alto e, em um gesto solidário, dar dois tapinhas nas costas do moreno antes de seguir o resto do grupo.









Existem várias formas de se começar um dia. Alguns optam pelo saudável e matinal alongamento, seguido por uma meditação equilibrada antes de tomar um revigorado café e partir para os afazeres diários. Outros, mais tradicionais, estendem seu sono até o limite, despertando-se após um banho revigorante.





Mas também há aqueles que começam o dia na agitação, geralmente por um incalculável acontecimento que lhes gera um empecilho, o qual é enfatizado sempre com uma grande exclamação. Tal qual:





Merde! Estou atrasada!





E suas variações.






https://youtu.be/9nzj7rrOPGc




— Cadê? Cadê? Ahá! — a jovem menina exibe o sorriso vitoriosos ao erguer a saia de seu uniforme no meio da pilha de roupas que, teoricamente, deveriam estar em seu guarda-roupa.





Ágil, porém nada hábil, ela veste a peça em meio de tropeços e saltinhos, quase se jogando de volta para sua cama de casal repleta de travesseiros e um felpudo edredom cor de rosa.





Ergueu-se, estufando o peito em orgulho, contudo ao olhar para seu próprio reflexo no espelho de sua penteadeira, sentiu seu ego murchar e uma ruborização impertinente queimar seu rosto. Ainda trajava sua calça de bolinhas amarelas que utilizava para dormir.





Arrancou a vestimenta com tamanha ferocidade e aproveitou para despir a parte superior do conjunto daquele pijama. Logo substituiu-o pela devida peça intima e pôs por cima uma camisa branca, a qual abotoou com ligeira eficácia e amarrou o lacinho em um nó borboleta quase-que ao mesmo tempo em que vestia sua meia preta.





Correu desengonçada até o banheiro, acelerando sua higiene matinal e dando um pequeno reboco em seu rosto – um pouco de base, acompanhado de um gloss labial e uma pequena passada de rímel nos cílios – piscou algumas vezes para si mesma, enfatizando seus olhos brilhantes e tão azulados como o mar.





Por fim, exibiu um sorriso conforme afofava seus cabelos recheados e ondulados, adotados em uma coloração loiro-mel.





— É isso! — admirou-se por breves dois segundos, se perguntando como conseguira ficar tão bonita em um tempo tão curto.





Avançou de volta para seu quarto e puxou com precisão sua bolsa, agarrando o celular no processo e correu para a saída de seu apartamento.





— BOM DIA, CIDADE DE SAFFRON!





— CALA A BOCA!





— ESSE É O ESPIRÍTO!





E após essa belíssima troca de saudações, riu e disparou em direção a sua nova escola.





TO BE CONTINUED

Publicado por: Doton
01/06/2022

Comentários

  1. PRIMEIRAMENTE... FIRST! (SEMPRE QUIS DIZER ISSO)

    Caracaaaa eu perdi tudo kkkkkkkkkkkkkkkk May gostando de luta? por essa eu não esperava!
    curti que vc manteve a essência de Gary e Red \o exijo uma referência a Reerno hein?! e finalmente a Garenna apareceu ENTÃO SÓ ESPERANDO A ENTRADA TRIUNFAL DELA HAHA

    Gostaria de ressaltar também o quanto vc evoluiu na escrita maluco tá com tudo hein! \o Parabéns manooo!

    Estou ansioso para o próximo!

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